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Ladr​ã​o

by Desgraça

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1.
Vilão 01:25
Vai descer o seu suor Quando olhar o rachado no retrato A violência nessa porta vai entrar E você vai rasgar Vai querer muito mais, muito mais Muito mais do que você pode ceder Problema no telhado Que não se resolveu O mundo vai subtrair o honesto em você Barulhos na escada E o fogo na virilha Nem todo herói tem que vencer Nem o vilão tem que morrer Todo assalto é rápido Toda briga é rápida Mas nem sempre alguém tem de morrer Vai descer o seu suor Quando ouvir o vento triste da janela A violência nessa porta vai entrar E você vai rasgar Vai querer muito mais Muito mais O futuro é violento pra você É o crime É o crime É o crime
2.
Religião 01:09
Ele chega com o brinquedo e põe você no chão "De joelhos, pede bênção que a família ainda dorme" Vê seu escapulário e ri "teu santo é vacilão" Chama de oferenda o novo salve dos irmão Antes de ir embora ainda abre a geladeira Come o seu foie gras e joga fora sua cerveja Ele pode tudo, ele pode tudo E nesse momento ele é o dono do seu mundo Ele pode tudo, ele pode tudo E nesse momento ele é o dono do seu mundo Rouba o seu carro e passa na Fernandes Lima Mês que vem cê paga a multa de oitocentos conto Na foto do Detran ainda consta o dedo médio Em meio a mão fechada e apontada bem pra cima E hoje a mãe solteira que trabalha de empregada Recebe um banquete com direito a noz moscada E antes de deitar o escapulário do seu lado Pensa de onde vem a grana e pra que mesa vai a conta Ele pode tudo, ele pode tudo E nesse momento ele é o dono do seu mundo
3.
Amor 02:00
Hoje eu vou deixar Você deitar Você comer Você beber Você gozar Você chorar Você pode tudo Tudo que eu quiser Tudo que você se permitir Amanhã a gente vê O que a gente vai fazer Dessa vida Fodida
4.
Destino 02:24
Foi nessa quarta-feira Eu fui intimado A comparecer Com o peso de um avião O fato consumado Vieram me deter Em vão, em vão, em vão, em vão Jesus vai ajudar Se a firma for cair Geral vai se fuder Ninguém vai trabalhar No tênis de um patrão Capim mantém raíz E o quente de antemão Já sai com trêisoitão Em vão, em vão, em vão, em vão O corre faz a sorte E os moleque doido Dibra até a morte E os herói que vem na pilha Trincado pra meter É pego na armadilha E o preço do cacau É fixo e tem tabela Direto da viela Pro bonde da brejal O boy que quer prensado Reclama do trabalho De ter que vir aqui Comprar o que lhe foi roubado Em vão, em vão, em vão, em vão
5.
Cocaína 02:23
Eu vou arrumar uma confusão Pode chegar até você E vou voltar pro meu mundão E vou beber até morrer Nós vai trepar até cair Aqui no meio do salão Depois ir ver o sol nascer Doidão de doce e MD Cheira cocaína e vai descendo até o chão, eu disse Cheira cocaína e vai descendo até o chão, eu disse Cheira cocaína e vai descendo até o chão, eu disse Cheira cocaína e vai descendo até o chão Quando eu chego, guardo a peça escondidinho Boto um pra galera, pois já sou considerado Do lado da morena o cara vira menininho Ela que manda no patrão que faz o fight direitinho Cheira cocaína e vai descendo até o chão, eu disse Cheira cocaína e vai descendo até o chão, eu disse Cheira cocaína e vai descendo até o chão, eu disse Cheira cocaína e vai descendo até o chão Eu vou arrumar uma confusão Pode chegar até você E vou voltar pro meu mundão E vou beber até morrer Nós vai trepar até cair Aqui no meio do salão Depois ir ver o sol nascer Doidão de doce e MD (Cheira cocaína e vai descendo até o chão, eu disse Cheira cocaína e vai descendo até o chão, eu disse Cheira cocaína e vai descendo até o chão, eu disse Cheira cocaína e vai descendo até o chão)
6.
Amizade 03:30
Você não é amigo meu Sem pó nem gente ao redor Olhando o grande vacilão Tudo meu, ninguém vai por a mão Amigo e inimigo é uma coisa só Se eu cair cê vai cuspir em mim Logo hoje que foi um dia bom Todo dia é um milhão de treta Como se um dia eu realmente tivesse ido com a sua cara... Melhor era nós sair na mão Eu sinto seu olho até de longe Não tira o olho das mulher Nem faz o mínimo proceder E jura que não quer me derrubar É só questão de tempo pra eu te ver ali ajoelhado Rezando pra não ver que logo vem a chuva forte Cobra que pica cobra logo morre envenenado Logo hoje que não teve treta aqui na norte Vê se vai embora, vê se vai embora Antes que você tropece numa rede que fiou Logo hoje que não teve treta aqui na norte Vê se vai embora, vê se vai embora Logo eu que sempre só fiz o bem Só roubo do povo que já tem Aí me vem um bando de sanguessuga Que só mexe com cafetão de puta pobre Endividado, embaçando todos meus corre Logo eu que sempre só fiz o bem Logo hoje que foi um dia bom Logo hoje que foi um dia bom Eu vejo não sou burro sei que minha hora chega logo Minha mãe que me ensinou que logo logo chega o bonde Tem de viver na pressa Tem de viver na pressa Tem de viver na pressa Tem de viver na pressa Mas você veja bem que aqui eu tenho um santo muito forte Se você vem atrás do rei é melhor não errar E quando eu pego de assalto eu custo um carro forte Cadê seu carro forte? Cadê seu carro forte? Cadê seu carro forte? Cadê seu carro forte? Cadê seu carro forte? Cadê seu carro forte? Como se um dia eu tivesse realmente ido com a sua cara... Logo logo chega a minha hora... Logo logo chega a sua hora...
7.
História 02:08
O que se sabe É que ele nasceu sem jeito e adquiriu depois Com nove anos viu seu pai embriagado Com um 32 E ele disse pra não chegar perto Que fosse esperto Que não fizesse o que seu pai faz Mas geralmente a gente fuma ou não por causa do pais A gente bebe ou não bebe por causa dos pais Faz ou não faz por causa dos pais E é sempre culpa dos pais E o 32 O 32 era o que ele queria E era pra imitar seu pai Aos doze anos ficou sentado na calçada Esperando seu pai mais uma vez Na madrugada a violência chegou de carro Três homens, nenhum embriagado Um deles com o braço ensanguentado O menino atordoado perguntou "Cadê meu pai?" O homem disse "chama sua mãe A gente tá sem tempo Mas o seu pai... Seu pai vai demorar"
8.
Rival 01:33
Não aguento Eu não me aguento Ver um otário desse com a cara na TV Não aguento Eu não me aguento Ver um otário desse com a cara na TV Sabe quem eu vi Logo ali no Jaça Esse ladrãozinho que hoje paga de herói Eu vou te contar Eu vou ter que te passar Aqui é recifense, concursado em Niterói Eu vou matar todo mundo Eu vou matar todo mundo Eu vou matar todo mundo Quando fui em cana Ele tava livre E olha que nós dois se conhece a miliano Na hora do combate Eu fiz o proceder E o filho da puta resolveu se escafeder Não aguento Eu não me aguento Ver um otário desse com a cara na TV Não aguento Eu não me aguento Ver um otário desse com a cara na TV É a minha redenção É a minha redenção
9.
Vida 02:28
Quando era jovem eu pensava em dar o meu melhor Mas descobri que o que eu fazia nada mudava O mundo sempre se ajustava ao redor de mim Embriagado de loló eu não pensava Não tem mais nada Pra nós dois, vida Se isso tudo é um sonho Por que eu sinto essa dor? O nosso tempo acabou A minha sede se esgotou Se isso tudo é um sonho Por que eu sinto essa dor?
10.
Herói 03:14
Por que eu sinto essa dor? Por que eu sinto essa dor? Por que eu sinto essa dor? Por que eu sinto essa dor? Toda estrada torta que andei Todos os muros que sujei Todos os amores que amei Todo verso que eu cantei Toda festa que brindei Todas as pessoas que eu matei Vai descer o seu suor Quando olhar o rachado no retrato A violência nessa porta vai entrar E você vai rasgar Vai querer muito mais, muito mais Muito mais do que você pode ceder Vai descer o seu suor Quando olhar o rachado no retrato A violência nessa porta vai entrar E você vai rasgar Vai querer muito mais, muito mais O futuro é violento para mim e pra você

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Se acabarem os créditos do bandcamp ou você não tiver dinheiro, aqui está um link alternativo para o álbum: drive.google.com/file/d/1GBNZvaXue3kr1zvFSOpWhFFZZaU8YlM2/view?usp=sharing

"Ladrão", da banda Desgraça, é a vida de um assaltante maceioense. Contada de forma não linear e desfragmentada, a história explora diversos momentos da vida, e talvez da morte, do ladrão. O protagonista é visto e ouvido de longe, por um narrador onisciente, de perto, por sua esposa, e dentro de sua própria cabeça, em momentos de festejo e desilusão. A obra de Felipe Soares, Rodolfo Lima e Vitor Brauer percorre por gêneros musicais como o punk, o metal, o experimental, o spoken word e o funk carioca. O disco foi gravado em 5 dias em Maceió e sua curta duração é virtude de seu tema principal: a violência brasileira, sempre presente em memórias breves e eternas das nossas vidas.

"Ladrão", translation "Thief", of Desgraça is the life of a burglar from Maceió. Told in nonlinear and disjointed storytelling, the story explores many moments in the life, and maybe in the death, of the thief. The protagonist is seen and heard from afar, by an omniscient narrator, from close, by his wife, and inside his own head, in moments of partying and desillusion. The work of Felipe Soares, Rodolfo Lima and Vitor Brauer travels from punk to metal, to experimental, to spoken word and even funk carioca. The album was recorded in 5 days in Maceió and it's short duration is due to its primary theme: brazilian violence, always present in brief and eternal memories of brazilian lives.

credits

released August 22, 2017

Felipe Soares: Baixo/Bass
Rodolfo Lima: Voz/Vocals
Vitor Brauer: Bateria/Drums

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Desgraça Brazil

Desgraça é um power trio alagoense-mineiro composto por Felipe Soares (Amandinho), Rodolfo Lima (Ximbra e Baztian) e Vitor Brauer (Lupe de Lupe e Xóõ).

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